O Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar empréstimos problemáticos na Caixa Geral de Depósitos. Em causa estão suspeitas de gestão danosa desde o ano 2000, segundo avança o "Jornal Económico".
As suspeitas incidem, sobretudo, sobre actos de gestão relacionados com créditos concedidos durante 2005 e 2010, os anos dos governos liderados por José Sócrates, mas, no total, está a ser investigado todo o período entre 2000 e 2015, abrangendo quatro administrações da Caixa.
Já a 23 de Setembro deste ano, a Procuradoria-geral da República (PGR) confirmou “a existência de inquérito onde se investigam factos relacionados com a CGD”.
Sobre o inquérito que terá sido aberto no início deste ano por suspeitas de prática de gestão danosa entre os anos de 2000 a 2015, a PGR não adiantou, na altura, se está em investigação algum negócio específico nem qual o período abrangido.
O banco possui 2,3 mil milhões de euros em risco por empréstimos concedidos com garantias frágeis. Só as imparidades registadas nos nove maiores devedores da CGD chegam aos 912 milhões de euros. Entre os maiores devedores estão os grupos grupo Artlant, Espírito Santo, Lena e Efacec e o angolano António Mosquito.