"A democracia está em risco". Joe Biden pede aos americanos que rejeitem a violência política
08-11-2022 - 03:15
 • Marisa Gonçalves

No fecho da campanha, em Maryland, o Presidente norte-americano sublinhou que as “midterms” são decisivas para a democracia do país.

“As eleições intercalares não são um referendo, são uma escolha entre duas visões muito diferentes para a América." As palavras são do Presidente norte-americano, Joe Biden, no seu derradeiro comício de campanha, que decorreu no estado de Maryland, um estado considerado como um reduto democrata.

Joe Biden deixou acusações aos republicanos dizendo que se preparam para não aceitar uma eventual derrota nas urnas e para propagar acusações de fraude eleitoral.

“Sabemos que a democracia está em risco e sabemos que este é o momento de a vossa geração a defender, de a preservar e de a escolher. Quero que saibam que veremos este momento. Lembrem-se que o poder da América reside onde sempre residiu, nas mãos do povo”, declarou.

Numa referência ao seu antecessor na presidência do país, criticou Donald Trump e os seus apoiantes por provocarem a violência e a divisão do país.

“Ele [Donald Trump] está preocupado com a segurança pública? Tal como eu disse na semana passada, é a democracia que está em votação. A violência política e a intimidação estão a aumentar na América. Lembram-se do dia 6 de janeiro, da multidão furiosa que invadiu o Capitólio, que atacou agentes da autoridade e que perseguiu representantes eleitos? (…) Nesta eleição para os negacionistas, só há dois resultados possíveis, ou ganham ou foram enganados. É essa a visão deles”, acusou Biden.

Os norte-americanos são chamados, esta terça-feira, a eleger as duas câmaras do Congresso e ainda 39 governadores.

Mais de 40 milhões de pessoas já votaram antecipadamente para estas eleições intercalares, número que supera a participação, por esta via, nas eleições de 2018.