Ativistas pelo clima do movimento Climáximo pintaram esta terça-feira a fachada de um hotel, em Lisboa, e interromperam a sessão do grupo Eurogás, que decorria no interior. Afirmam que “a sociedade não pode delegar a tarefa urgente e existencial de cortar emissões para as empresas culpadas, que lucram com esta crise.”
Segundo Mariana Rodrigues, “as empresas que englobam a Eurogás são culpadas pela morte de milhões de pessoas, segundo as últimas investigações sobre mortalidade da crise climática”.
A porta-voz do movimento, citada no comunicado enviado à Renascença, acrescenta ainda que “nenhuma empresa tem planos para reduzir a sua produção de gás fóssil, e vendem-nos falsas promessas de ‘transição’ como o hidrogénio, que não está associado a qualquer corte de emissões”.
Realçando que “a Eurogás foi criada em 1990, quando já eram reconhecidos os efeitos destruidores da queima de gás fóssil”, o Climáximo denuncia que “as empresas, que nem sequer estão alinhadas com os objetivos assassinos da União Europeia (que condenam milhões à morte), afirmam querer atingir neutralidade carbónica por meio de magia e truques de contabilidade, pois não apresentam qualquer plano viável para acabar com o gás fóssil”.
Para o próximo dia 9 de dezembro, às 14h00, o Climáximo tem agendada uma manifestação, em Lisboa, no Saldanha, onde pretende definir “popularmente as prioridades do movimento por justiça climática para o ano de 2024”.