A Irmandade dos Clérigos devolve à sociedade parte da receita anual das visitas à Torre dos Clérigos, investindo em apoio social aos mais desfavorecidos, a bolsistas ou em prémios.
Em 2019, por exemplo, a Irmandade dos Clérigos canalizou mais de 690 mil euros para apoio social, e para iniciativas culturais e atribuição de bolsas de estudo.
De acordo com o juiz presidente da Irmandade, padre Manuel Fernando, já em 2022 a instituição devolveu “perto de 400 mil euros” a várias entidades para apoio de “caracter social”.
O sacerdote dá o exemplo da “Porta Solidária”, uma iniciativa da Paróquia da Nossa Senhora da Conceição de apoio às pessoas em situação de sem abrigo.
O responsável sublinhou que uma parte das receitas angariadas “são aplicadas em projetos de inclusão e de responsabilidade social”, reforçando que têm procurado estabelecer “essa responsabilidade social privilegiando a dimensão pedagógica, sem descorar a vertente da inclusão, através da aposta na divulgação junto de escolas, catequeses ou até mesmo de grupos com condições desfavorecidas no acesso”.
Clérigos “um barómetro do turismo” português
O secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, foi o visitante número sete milhões da Torre dos Clérigos. A contabilidade reporta a 2014, ano em que foi concluído o processo de restauro do complexo.
Para o governante, os Clérigos são um “ícone do turismo” e um exemplo de “boas práticas” para o setor.
Nuno Fazenda destaca um projeto que “gera riqueza, emprego, sustentabilidade, responsabilidade social; porque devolve parte das suas receitas à comunidade”, acrescentando tratar-se “um projeto educativo e de valorização e preservação do património”.
Por sua vez, Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte, disse à Renascença que o número de visitantes significa o “crescimento de um setor como o turismo que é alavanca da economia em Portugal”.
O responsável afirma, por outro lado, que após a pandemia “o setor está de regresso em 2023”, antecipando que se as dinâmicas alcançadas até junho se mantiverem “estamos perante um ano record no setor do turismo” não só “na região Porto e Norte, mas no país em geral”.
E, na visão de Luís Pedro Martins o complexo dos Clérigos “é um barómetro do turismo” português.