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Foi atualizada, na quarta-feira, a norma sobre o plano de vacinação contra a Covid-19, tendo sido adicionada uma dose para pessoas imunossuprimidas.
Quem poderá vir a beneficiar desta dose?
A Direção-Geral da Saúde recomenda uma dose adicional a pessoas com mais de 16 anos que tenham o sistema imunitário comprometido. Estão neste grupo, por exemplo, pessoas com infeção VIH, as que realizaram transplantes de órgãos sólidos e os doentes oncológicos.
Também podem ser vacinadas pessoas com algumas doenças autoimunes.
No total, quantas pessoas serão?
Pelas contas da DGS, o número andará perto de 100 mil utentes. Estas pessoas vão receber a vacina da Pfizer ou da Moderna, as duas que têm a mesma característica, de RNA mensageiro. E só podem receber esta dose três meses após a última toma da vacina.
E o que devem fazer para ter esta dose adicional?
Essa dose adicional tem de ser prescrita pelo médico assistente, o que poderá ser feito já a partir desta quinta-feira.
De resto, é o procedimento já normal: os médicos também prescrevem as vacinas para outras doenças e a administração decorre num centro de saúde.
Mas porque existe a preocupação de não falar em terceira dose?
Segundo as explicações da diretora-geral da Saúde, esta dose adicional deve-se ao facto de, na altura em que estas pessoas receberam a vacina, pudessem não estar com o seu sistema imunitário capaz de reagir. Daí a necessidade de apanharem uma dose adicional, para garantir que ficam com o esquema vacinal completo.
E quanto ao resto da população, há indícios de que venha a precisar de uma terceira dose?
A DGS não fecha a porta a que isso venha a acontecer, mas, em entrevista à agência Lusa, a diretora-geral da saúde sublinha, de forma cautelosa, que ainda está a ser recolhida informação científica e as recomendações podem ser ajustadas em função da evolução do conhecimento.
Quanto à dose adicional para os idosos, tão falada, Graça Freitas diz que a indústria farmacêutica ainda não submeteu o processo de autorização à Agência Europeia do Medicamento (EMA).
Como tem sido lá por fora?
A Rússia liberou a administração da dose de reforço para aqueles que tomaram a vacina Sputnik V, desenvolvida no país.
Turquia, Chile, Bélgica, Estados Unidos, Brasil, Israel, Alemanha, França e Reino Unido são outros países que já decidiram administrar a terceira dose.