A região chinesa da Mongólia Interior fechou vários pontos turísticos, depois de ter sido detetado um caso de peste negra, esta semana. Na Mongólia, registaram-se outros três casos.
O hospital em Bayannur, na Mongólia Interior, alertou pela primeira vez as autoridades sobreum caso suspeito de peste bubónica, no último sábado.
No domingo, a cidade foi colocada em alerta de nível 3 para prevenção de pragas, a segunda mais baixa de um sistema de quatro níveis.
Os médicos diagnosticaram oficialmente o caso como peste negra, na terça-feira. O doente, um pastor, está isolado no hospital e está em condição estável.
Na Mongólia, dois irmãos foram hospitalizados, na semana passada, com a doença, depois de terem comido carne de marmota.
Um terceiro caso suspeito foi assinalado, na segunda-feira. Trata-se de um jovem de 15 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, na terça-feira, que está a vigiar de perto os casos de peste negra detetados nestas regiões, sublinhando que a situação não representa uma ameaça e está "bem administrada".
"No momento, não consideramos que seja de risco elevado, mas estamos a vigiar de perto" a situação em parceria com as autoridades chinesas e mongóis, disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris, numa conferência de imprensa, em Genebra.
A OMS diz que a peste é "rara" e que é geralmente encontrada em certas áreas geográficas do globo, onde ainda é endémica.
"A peste bubónica esteve e está connosco há séculos", disse Margaret Harris.
Na quarta-feira, as autoridades da República da Buriácia, parte integrante da Federação Russa e que faz fronteira com a Mongólia, redobraram as medidas sanitárias, após a deteção dos casos de peste bubónica no país vizinho.
"Um plano com medidas profiláticas e antiepidémicas foi lançado para impedir a chegada do estrangeiro e a propagação da peste", anunciou o Comité de Defesa do Consumidor da República da Federação da Rússia, num comunicado, na última quarta-feira.