Inês Relvas, 32 anos, foi uma das vozes mais jovens na conferência “Em Nome do Futuro: Os desafios da juventude”, organizada pela Renascença e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa esta quinta-feira. Responsável pela criação e execução de estratégias da Universo, empresa do grupo Sonae, depois de já ter passado por experiências profissionais no estrangeiro, Inês Relvas é casada e tem um filho.
Partindo da sua experiência pessoal e profissional, Inês Relvas reconhece que as empresas em Portugal não conseguem ser competitivas com as internacionais, uma realidade que “piorou depois da pandemia”, mas com a qual, assegura, “vive bem”.
Em matéria laboral, Inês Relvas reconhece vários aspetos a melhorar, entre os quais maior clareza na evolução salarial, argumentando que é um factor de estabilidade para os jovens terem uma noção de quanto podem vir a ganhar. “Não é só o salário de entrada que interessa”, disse.
Sobre a provocação deixada por Carlos Oliveira da Fundação José Neves que sugeriu a criação de quotas para jovens para cargos de alta direção, Inês Relvas não se mostrou particularmente favorável à ideia e aludiu aos riscos de se criar uma “luta de nós contra eles”.
Numa das ideias finais que deixou, e já depois do líder do PSD ter feito a sua intervenção e ter deixado a sala, Inês Relvas lamentou a falta de estratégias nacionais: “nunca vejo o longo prazo para o país”.