​Na hora de contratar “temos de ser claros na evolução salarial”
29-09-2022 - 14:08
 • Cristina Nascimento

Responsável pela criação e execução de estratégias da Universo, empresa do grupo Sonae, reconhece que empresas em Portugal não conseguem ser competitivas face às internacionais.

Inês Relvas, 32 anos, foi uma das vozes mais jovens na conferência “Em Nome do Futuro: Os desafios da juventude”, organizada pela Renascença e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa esta quinta-feira. Responsável pela criação e execução de estratégias da Universo, empresa do grupo Sonae, depois de já ter passado por experiências profissionais no estrangeiro, Inês Relvas é casada e tem um filho.

Partindo da sua experiência pessoal e profissional, Inês Relvas reconhece que as empresas em Portugal não conseguem ser competitivas com as internacionais, uma realidade que “piorou depois da pandemia”, mas com a qual, assegura, “vive bem”.

Em matéria laboral, Inês Relvas reconhece vários aspetos a melhorar, entre os quais maior clareza na evolução salarial, argumentando que é um factor de estabilidade para os jovens terem uma noção de quanto podem vir a ganhar. “Não é só o salário de entrada que interessa”, disse.

Sobre a provocação deixada por Carlos Oliveira da Fundação José Neves que sugeriu a criação de quotas para jovens para cargos de alta direção, Inês Relvas não se mostrou particularmente favorável à ideia e aludiu aos riscos de se criar uma “luta de nós contra eles”.

Numa das ideias finais que deixou, e já depois do líder do PSD ter feito a sua intervenção e ter deixado a sala, Inês Relvas lamentou a falta de estratégias nacionais: “nunca vejo o longo prazo para o país”.