Os motoristas de autocarros da Carris Metropolitana, a operar em alguns dos bairros da Grande Lisboa que têm sido alvo de atos de violência nas últimas noites, estão preocupados com as condições de segurança durante o horário de trabalho.
À Renascença, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), defende que é preciso reforçar a segurança dos motoristas.
Para Anabela Carvalheira, cabe às empresas “arranjar mecanismos de proteção para que os trabalhadores possam cumprir com as carreiras”.
Esta dirigente sindical garante, ainda, que não há recusas de serviço, acrescentando que entende “que as populações destes bairros não podem ficar abandonadas”.
Uma das soluções, diz esta responsável, poderia passar por as empresas “pagarem gratificados às polícias, para estarem nas carreiras, que viajam em horas mais difíceis, para zonas mais complicadas”.
Por outro lado, Anabela Carvalheira defende, ainda, que é preciso garantir os cuidados necessários ao trabalhador que ficou ferido. Considera que “a empresa tem a obrigação de considerar isto um acidente de trabalho e dar-lhe todo o apoio no que concerne à segurança e saúde no trabalho”.
No imediato, a FECTRANS quer uma reunião com o Governo, com as empresas e com a Autoridade Metropolitana de Transportes. O pedido com carácter de urgência seguiu esta quinta-feira.
Um motorista da Carros Metropolitana sofreu queimaduras graves quando um autocarro foi incendiado na última noite em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures.
O presidente da União de Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas disse, entretanto, que a PSP está a reforçar a segurança naquela zona.