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O primeiro-ministro declarou esta quinta-feira que recebeu garantias das centrais sindicais e da Igreja Católica de que haverá respeito pelas normas de distanciamento social nas comemorações do 1º de Maio e nas cerimónias religiosas.
António Costa referiu-se ao Dia do Trabalhador e às celebrações religiosas da Igreja Católica no discurso que encerrou o debate no Parlamento sobre o pedido de autorização do Presidente da República de renovação do estado de emergência, quando se pronunciou sobre as perspetivas de levantamento das restrições às manifestações culturais por causa do combate à Covid-19.
Falando sobre o processo de reabertura dos equipamentos culturais, o primeiro-ministro defendeu que se deverá começar por aqueles que "têm lotação fixa e com lugares marcados, de forma a permitir o distanciamento social necessário, ainda que se possa exigir a utilização de máscara de proteção comunitária".
Em relação aos espetáculos ao ar livre, o líder do executivo adiantou que é preciso "ir criando condições" para a sua progressiva abertura com as normas de distanciamento - normas que "as centrais sindicais vão garantir nos festejos 1º de Maio e que a Igreja Católica tem prometido garantir (e tem cumprido) nas cerimónias religiosas"
"Temos também de levar à cultura" esse alívio nas restrições, "porque a cultura não pode continuar encerrada à espera de melhores dias", declarou, recebendo então palmas da bancada do PS.
No que respeita à restauração e outros estabelecimentos encerrados, o primeiro-ministro defendeu uma atitude de prudência e de gradualidade, dizendo que se deverá começar pelo pequeno comércio de bairro, "que junta menos gente, requer menos distância de deslocação e melhor serve a economia local".
"Depois, podemos avançar para outras lojas de porta aberta para a rua e, finalmente, havemos de chegar às grandes superfícies comerciais. Temos de ter normas de segurança específica para os profissionais e para os utentes", observou, aqui numa alusão a cabeleireiros e barbeiros, entre outros.
Ainda no plano económico, o primeiro-ministro deixou um apelo para que as pessoas passem as suas férias em Portugal, depois de classificar o turismo português como "um motor de mobilização da agricultura, da indústria e de muitos serviços".
"Se vamos ter grandes dificuldades com o mercado externo, porque a limitação de fronteiras continuará a ser uma restrição séria, é importante dizer aos portugueses para este ano fazerem férias cá dentro. É cá dentro que ajudamos a defender a nossa economia", acrescentou.