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O primeiro-ministro admitiu esta terça-feira que as condições de vacinação nas próximas duas semanas serão "mais incómodas", devido ao esforço de aceleração necessário para enfrentar a quarta da Covid-19 que afeta o país, e alertou que a luta não terminou.
"O país está ainda a enfrentar esta difícil pandemia, estamos mesmo a enfrentar uma quarta vaga desta pandemia. E não nos podemos distrair, não podemos relaxar, isto exige que aceleremos mesmo o processo de vacinação. Vai ser feito um esforço muito grande nas próximas duas semanas, com condições que serão mais incómodas para quem se vacina, mas que reforçará a segurança de todos e particularmente daqueles que vão ver mais rapidamente alcançada a segunda dose da vacinação", disse António Costa.
O chefe do Governo falava, no Porto, à margem da cerimónia de apresentação da linha Metrobus Boavista - Império, infraestrutura financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O primeiro-ministro salientou que o esforço de aceleração do processo de vacinação contra a Covid-19 não permite "qualquer distração" quanto ao comportamento social da população, impondo a manutenção das regras de higiene e afastamento físico.
"Esta é uma luta que não terminou, é uma luta que tem de continuar e que temos de a travar", disse.
No domingo, o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordena a "task-force" responsável pela vacinação contra a Covid-19, afirmou que a possibilidade de longas filas nos centros de vacinação era expectável devido ao aumento do ritmo do processo, mas reconheceu que é um problema e terá de ser resolvido.
Na primeira segunda-feira desde que arrancou a vacinação sem marcação de pessoas com 45 ou mais anos, o dia no centro de vacinação do concelho de Oeiras, no Pavilhão Carlos Queiroz em Carnaxide, começou com uma fila de milhares de pessoas que contornava todo o complexo desportivo.
No sábado, o vice-almirante explicou que Portugal iria acelerar o ritmo de vacinação devido à rápida disseminação da variante Delta de SARS-CoV-2, prevendo que seja possível vacinar cerca de 850 mil utentes por semana.
A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 3.980.935 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.117 pessoas e foram registados 890.571 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde. .
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.