A CGTP considerou esta quarta-feira que o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) no parlamento aconteceu por falta de vontade política do Governo socialista em dar resposta aos problemas do país e dos trabalhadores.
"Estava nas mãos do Partido Socialista ter conseguido aprovar o OE2022, mas houve falta de vontade política por parte do Governo para pôr em prática as medidas necessárias para resolver os problemas do país e dos trabalhadores", disse à Lusa a secretária-geral da CGTP.
"Não acho positivo este chumbo, mas a proposta de OE2022 não respondia às necessidades, sobretudo numa altura em que existem perspetivas de crescimento económico e da vinda para o país de muitos fundos comunitários para apoiar o crescimento", disse Isabel Camarinha.
Para a CGTP a proposta do Governo não promovia o necessário crescimento dos salários e pensões, nem maior justiça fiscal, não acabava com a precariedade laboral, nem travava a destruição de postos de trabalho por grandes grupos empresariais, nem sequer promovia contratação coletiva.
"Nada era assegurado, por isso a CGTP marcou uma manifestação nacional para 20 de novembro", salientou a sindicalista.
No entanto, a Intersindical considera que "nada obriga o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República".
"Não vemos necessidade disso. E vamos transmitir as nossas preocupações na sexta-feira ao Presidente da República", afirmou Isabel Camarinha.