Rui Rocha é o novo presidente da Iniciativa Liberal. O deputado foi apoiado desde a primeira hora por João Cotrim de Figueiredo, foi o escolhido para lhe suceder. É o quarto líder do partido criado em 2017.
Durante toda a campanha interna, Rui Rocha defendeu ser a "renovação em continuidade", uma vez que vai levar para a Comissão Executiva do partido uma grande parte dos membros que já a integram.
Logo quando foi eleito, Rui Rocha agradeceu aos convidados pela presença, mas “sobretudo pela paciência”, uma vez que o anúncio, inicialmente previsto para as 12h30, só foi feito por perto das 19h00.
O agradecimento foi estendido aos seus adversários e aos seus apoiantes, com uma menção especial para João Cotrim de Figueiredo, que o apoiou desde a primeira hora.
Rui Rocha garante união na IL e promete “protesto em fevereiro” contra revisão constitucional
O novo presidente da Iniciativa Liberal insiste que o partido vai atingir os 15% e acabar com o “bipartidarismo”. Rocha provoca Montenegro por não ter votado a favor a moção de censura ao Governo.
"Quero perguntar daqui a Luís Montenegro o que é que seria preciso acontecer mais para votar favoravelmente a moção de censura da Iniciativa Liberal", atira Rui Rocha, que promete que o partido veio para acabar com aquilo a que chama de "bipartidarismo em Portugal".
Quanto a objetivos, mantém-os: “Sim, sim, nós vamos lá, aos 15%”, reitera Rui Rocha no primeiro discurso enquanto presidente da Iniciativa Liberal. O objetivo foi estabelecido durante a campanha interna, e agora não hesita em mantê-lo.
A disputa interna ficou marcada por trocas de acusações e a crispação foi transportada para o momento da decisão. A Convenção da Iniciativa Liberal pautou-se pelo ambiente tenso e quente, com divisões internas e troca de galhardetes entre as várias candidaturas.
“Convoco todos os liberais”, disse o recém-eleito líder da IL apontando para Carla Castro e José Cardoso, os seus adversários- numa frase que é o começo do apelo à união da pós-convenção. Mas depois foi mais concreto num tema que se tornou inevitável depois da escalada de tensão: "Vamos estar unidos", promete.
Como? Rui Rocha quer começar com uma manifestação- já em fevereiro-, contra a revisão constitucional, acordada entre PS e PSD, que deverá desenrolar-se este ano. Sobre esse tema, volta a deixar uma pergunta a Montenegro: "Nessa revisão constitucional, vai estar do lado da liberdade? Ou do lado daqueles que querem retirar a liberdade aos portugueses?".
Entre a vontade de fazer frente ao PS, e a intenção de liderar a oposição à direita, Rui Rocha revela que o partido vai propor uma revisão à lei eleitoral, para evitar que centenas de milhares de votos sejam desperdiçados, sobretudo em círculos eleitorais mais pequenos.
[noticia atualizada às 20h20]