A Cáritas Portuguesa está a acompanhar a situação na Turquia e Síria, após os sismos do passado dia 6 de fevereiro, mas adianta que o momento "ainda é o de salvar vidas" e que "não há capacidade logística" para a recolha de roupas e comida no terreno.
À Renascença, a presidente da Cáritas, Rita Valadas, diz perceber que “as pessoas se convoquem bastante para fazer recolhas de bens e roupas”, mas afirma que recebe relatos de quem está no local para "não enviarem nem roupa, nem comida neste momento”.
A responsável lembra que “as próprias associações internacionais registaram severas baixas” na sequência do sismo, o que redobra as dificuldades. Por outro lado, defende que “os custos logísticos de enviar coisas são caríssimos e a necessidade de recursos humanos que é necessária para tratar donativos é brutal e eles não têm condições para isso”. “Neste momento, precisam de ajuda monetária”, sublinha.
A presidente da Cáritas Portuguesa apela, por isso, ao apoio solidário dos portugueses e deixa a garantia de que este tipo de ajuda não interfere ou prejudica o apoio prestado a nível nacional. Rita Valadas assegura que “não há dinheiro nenhum que seja desviado do apoio nacional para o apoio a emergências e catástrofes internacionais".
"São dois movimentos diferentes e mesmo até as nossas contas são diferentes, nem sequer entram para o mesmo bolo. O que vem para os programas nacionais é para o apoio aos nacionais, cuja situação está tão difícil e o apoio que vem para as situações de emergência é encaminhado pelos programas de apoio de emergência da rede Cáritas Internacional”, assegura.
Por tudo isto, Rita Valadas diz que foi por isso que a Cáritas Portuguesa decidiu “abrir a conta de emergências internacionais para angariar meios financeiros e poder enviar os recursos necessários de acordo com aquilo que vai sendo era identificado lá”.
Toda a ajuda para reforçar a atuação da Cáritas no terreno deverá ser canalizada para o fundo de emergências internacionais da Cáritas Portuguesa: IBAN PT 50 0033 0000 01090040150 12