O bispo de Viseu abordou este domingo, na sua homilia do dia de Páscoa, que a ausência da visita pascal, com as cruzes floridas, leva a uma celebração diferente da ressurreição de Jesus, em tempos de pandemia.
“Não devemos brincar em serviço nem baixar os braços. Fiquemos em casa e aí celebremos, com alegria, a nossa visita pascal”, referiu, na homilia da Missa a que presidiu na catedral diocesana, à porta fechada e com transmissão online.
D. António Luciano admitiu que muitos ainda sentem o “drama da morte”, num momento em que os católicos celebram a “grande mensagem” da ressurreição de Cristo.
O responsável católico convidou a dar “prioridade a quem está em primeiro lugar”, os pobres, os simples, os doentes, as vítimas desta pandemia, quem serve os outros.
Aos católicos compete anunciar ao mundo de hoje, “empobrecido” pela doença, mas também “pobre de valores, pobre de relação”.
O bispo de Viseu questionou a falta de fé, de valores, de respeito pela natureza e pela dignidade humana, que levam a “grandes e nefastos males”.
António Luciano associou-se às imagens do Papa a clamar “justiça, amor, paz”, numa Páscoa diferente.
“A própria vida da Igreja, sentimos que está nesta expectativa”, assinalou.
O prelado despediu-se com votos de “santas festas de Páscoa”.