A alienação dos terrenos da Feira Popular, em Lisboa, delimitados pelas avenidas das Forças Armadas, da República e 5 de Outubro e com uma área de construção de 143 mil metros quadrados, foi aprovada em Julho pela Câmara e pela Assembleia Municipal.
Os terrenos da Feira Popular estiveram na origem de um processo judicial que envolveu a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques e que se arrastou por vários anos.
Em 2005, os terrenos do Parque Mayer, pertença da Bragaparques, passaram para a posse da Câmara de Lisboa, e a empresa de Domingos Névoa recebeu metade do lote de Entrecampos.
Em Julho desse ano, a Bragaparques invocou direito de preferência na hasta pública para adquirir o resto dos terrenos de Entrecampos (59 mil metros quadrados) por 57,1 milhões de euros, mas o negócio foi inviabilizado em tribunal.
O processo também teve consequências ao nível político. Em 2007, o então presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, foi constituído arguido, tal como vereadores do seu executivo. Em Maio, a Câmara 'caiu' por falta de quórum, sendo convocadas eleições intercalares antecipadas, ganhas por António Costa.