Sobe para 18 o número de mortos num alegado ataque ucraniano a Belgorod, além de 111 feridos, segundo o balanço mais recente do ataque mais mortífero para civis russos desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A Rússia já prometeu retaliar pelo ataque, que ocorreu um dia depois após intensos bombardeamentos na Ucrânia, que mataram 39 pessoas, segundo as autoridades.
O ministro russo de Situações de Emergência adiantou que 18 pessoas morreram em Bolgorod e que outras 111 ficaram feridas.
As imagens disponíveis online mostram viaturas em chamas, imóveis com janelas partidas e nuvens de fumo negro no horizonte.
A Ucrânia desencadeia regularmente ataques na Rússia, sobretudo nas regiões mais próximas do seu território, mas o balanço de baixas é, regra geral, bastante mais baixo.
Kiev ainda não reagiu às acusações, mas o Ministério russo da Defesa já garantiu que o ataque não ficará "impune".
O Presidente russo, Vladimir Putin, foi "informado" do ataque contra "zonas residenciais" da cidade, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo as agências noticiosas russas.
Na sequência do novo balanço, a Rússia anunciou que pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
"Solicitámos uma reunião do Conselho de Segurança sobre Belgorod para as 15h00, hora de Nova Iorque", ou seja, às 20h00 de Portugal Continental, escreveu o embaixador adjunto da Rússia nas Nações Unidas, Dmitri Polianski, na rede social Telegram.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.