A reunião da comissão nacional do PS que vai discutir e votar as moções sectoriais que foram apresentadas do congresso de Junho de 2016 está marcada para 4 de Março, no Porto.
Entre essas moções está a que foi proposta por Maria Antónia Almeida Santos sobre a eutanásia e, apurou a Renascença, na ordem de trabalhos está, além da discussão das moções sectoriais, a análise da situação política e a alteração de estatutos do partido.
Foram dez as moções sectoriais apresentadas ao congresso do PS, em Junho de 2106, mas, com o argumento da falta de tempo, a discussão foi remetida para a reunião da comissão nacional posterior. Contudo, nas reuniões que, entretanto, decorreram não foram discutidas
A moção de Maria António Almeida Santos, que é também subscritora da petição pela despenalização da eutanásia discutida esta quarta-feira no Parlamento, defende que o “acto médico de retirar a vida a um doente terminal a seu pedido reiterado e com o seu consentimento deve deixar de ser punível, como o é, actualmente” E propõe um debate alargado no PS sobre este assunto.
Mas também a JS levou ao congresso moções sectoriais relacionadas com temas fracturantes, nomeadamente a legalização da prostituição e das drogas leves. Os jovens socialistas têm ainda uma terceira moção sobre um assunto que tem dividido o PS e a esquerda: os limites aos salários de topo dos administradores, tanto do sector público, como do sector privado. A JS defende a existência desses limites, que o Governo decidiu ultrapassar no caso dos gestores da Caixa Geral de Depósitos
A 4 de Março, estas moções e seis outras sobre temas como as freguesias, a organização do PS ou o sistema de justiça, vão ser então ser, finalmente, discutidas e votadas numa reunião da comissão nacional que poderá também tratar de questões autárquicas.
Embora a questão autárquica não esteja na ordem de trabalhos, o presidente da concelhia de Barcelos, Domingos Pereira, que está demissionário, já pediu a avocação para a comissão nacional da decisão da comissão política sobre as candidaturas autárquicas a Barcelos. Domingos Pereira queria ser o candidato do PS, mas a comissão política decidiu que se cumpriria a regra geral de o actual presidente ser recandidato. Domingos Pereira demitiu-se dos cargos partidários e ameaça entregar o cartão de militante, tornando-se deputado independente. Mas só tomará uma decisão depois de o assunto ser também discutido na comissão nacional.