Apesar de já aprovado pelo Governo, e promulgado pelo Presidente da República o novo subsídio de risco na PSP e GNR continua a ser contestado.
Profissionais das duas forças de segurança voltam esta terça-feira às ações de rua, desta vez junto da residência oficial do primeiro-ministro.
Paulo Santos, presidente da ASPP, o maior sindicato da PSP, não dá a guerra por perdida, e diz ainda ter esperança nas negociações para o próximo Orçamento de Estado.
“Nesta fase do processo a visão que temos é que ainda há uma margem para que os grupos parlamentares possam condicionar o Governo no valor atribuído e colocar mais algum dinheiro para que haja uma alteração substancial para aquilo que foi a proposta do Governo”, diz à Renascença.
O presidente da ASPP assinala que existem “informações de processos anteriores em que isso aconteceu e por isso vamos aproveitar esta oportunidade para, junto dos parlamentares, dar todos os argumentos necessários para que em sede de Orçamento do Estado possa haver uma alteração desta postura do Governo”
Em causa, recorde-se, está a decisão do Ministério da Administração Interna de acrescentar cerca de 70 euros ao ordenado dos policias para compensar o risco que correm nas suas profissões. Um valor que os sindicatos da PSP e Associações da GNR consideram ofensivo.
Paulo Santos garante que desta luta, os policias não vão desistir.
“Neste momento estamos a perspetivar esta pressão junto dos grupos parlamentares. Continuamos esta luta de rua. Estamos totalmente em desacordo com o Governo em relação à atribuição deste suplemento de risco, que em bom rigor não foi a atribuição de um suplemento de risco, mas foi a alteração de um suplemento que já existe, para que consagrasse também o risco e, desse ponto de vista, dentro do quadro legal de intervenção sindical, vamos fazer tudo por tudo para que o valor seja alterado”, conclui.