A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) está em "comunhão " com o Papa Francisco, relativamente ao documento sobre a bênção de casais homossexuais e recasados.
Os bispos portugueses tomam posição sobre a recente Declaração “Fiducia supplicans” sobre o sentido pastoral das bênçãos, do Dicastério para a Doutrina da Fé.
Em comunicado enviado à Renascença, o conselho permanente da CEP sublinha que a declaração “não altera a doutrina da Igreja sobre o matrimónio”.
“O conselho permanente reconhece o acolhimento de todos na Igreja e manifesta a plena comunhão dos bispos portugueses com o Santo Padre”, referem os bispos portugueses.
A Declaração “Fiducia supplicans” foi publicada em dezembro pelo Dicastério para Doutrina da Fé e aprovada pelo Santo Padre. Permite abençoar casais do mesmo sexo e em situação irregular. Esclarece, no entanto, que “a doutrina sobre o matrimónio não se altera e a bênção não significa aprovação da união”.
O documento surge na sequência de insistentes pedidos de esclarecimento, enviados ao Vaticano, “baseados na visão pastoral do Papa Francisco” e recorda que é preciso distinguir “as bênçãos rituais e litúrgicas das bênçãos espontâneas e gestos de devoção popular”. Ou seja, não se admite qualquer tipo de rito ou bênção semelhantes aos litúrgicos, “que possam criar confusão”, lê-se na declaração “Fiducia supplicans”.
O conselho permanente da CEP anunciou, também, um novo calendário relativamente ao processo sinodal em curso.
As dioceses têm de enviar contributos até final de março e os bispos portugueses visitam o Papa Francisco em maio.