Os dados oficiais mostram que Lula da Silva obteve 48,43% dos votos na primeira volta e Bolsonaro 43,20%, quando estão contabilizadas 99,99% das secções eleitorais. Arranca agora uma fase de alianças e apoios.
Simone Tebet deu um prazo de 48 horas aos partidos que a apoiam para que definam o seu voto na segunda volta e prometeu que irá tornar pública a sua decisão. A candidata que conseguiu o terceiro lugar com pouco mais de 4% (o equivalente, em termos absolutos, a quase cinco milhões de votos), pediu algum tempo para poder refletir sobre os resultados deste domingo, apesar de admitir já ter escolhido um candidato para apoiar. "Eu já tenho lado, não me vou acovardar", disse Simone Tebet, acrescentando ainda que "é preciso que os partidos se posicionem o mais rápido possível".
Também Ciro Gomes (Partido Trabalhista Brasileiro), antigo ministro de Lula da Silva e que alcançou cerca de 3% dos votos, prometeu anunciar a sua posição em breve. A “situação tão complexa” que sai dos resultados deste domingo foi a explicação que Ciro Gomes deu para não esclarecer se vai, ou não, apoiar Lula da Silva na segunda volta. “Peço que me deem mais algumas horas para conversar com os meus amigos e partido para encontrar o melhor caminho, o melhor equilíbrio.”
Ciro Gomes disse, numa curta declaração feita junto da sua família, em Fortaleza, estar "profundamente preocupado com o que está a acontecer no Brasil" e considerou haver "uma situação potencialmente ameaçadora" ao futuro do país.
Juntos, Ciro Gomes e Simone Tebet têm cerca de oito milhões e meio de votos. E este eleitorado poderá ser crucial, tanto para Bolsonaro como para Lula da Silva
A segunda volta das eleições presidenciais brasileiras está marcada para 30 de outubro.