Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
Já foram realizados cerca de 30 mil pedidos de agendamento para a vacinação contra a covid-19 de crianças com 10 e 11 anos, que vai decorrer nos dias 18 e 19 de dezembro, disse esta terça-feira o secretário de Estado adjunto e da Saúde.
“Parece-me que nestas poucas horas é um bom indicador para aquilo que todos queremos, que é a adesão dos pais das crianças à vacinação”, afirma António Lacerda Sales.
A opção de vacinar as crianças de 10 e 11 anos está disponível desde o final do dia de segunda-feira, no Portal do Agendamento do SNS, que permite pedir o agendamento da vacinação para o local e a data mais convenientes.
De acordo com um comunicado conjunto de Governo, Serviço Nacional de Saúde, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e Direção-Geral da Saúde divulgado hoje, o Portal de Agendamento Online passou também a possibilitar "o pedido de agendamento para a dose de reforço contra a covid-19 dos cidadãos com 50 ou mais anos que foram vacinados com uma dose da vacina Janssen".
O portal mantém ainda a possibilidade de agendar a dose de reforço contra a covid-19 para os cidadãos com 65 ou mais anos e a modalidade "Casa Aberta" continua disponível para a vacinação contra a covid-19 ou contra a gripe de utentes com idade igual ou superior a 70 anos.
De acordo com o calendário apresentado pelo Governo para a vacinação de crianças, de 6 a 9 de janeiro serão vacinadas as que têm entre 9 e 7 anos, ficando reservados os dias 15 e 16 para vacinar o grupo dos 6 e 7 anos, enquanto a 22 e 23 serão vacinadas as de 5 anos.
Entre 5 de fevereiro e 13 de março serão administradas as segundas doses, altura em que ficará o esquema vacinal completo para esta faixa etária, que o Governo calcula em mais de 600 mil crianças.
As crianças com comorbilidades têm prioridade, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica, bastando dirigir-se aos centros para receberem a vacina contra o SARS-CoV-2.
A decisão de vacinar a faixa etária dos cinco aos doze anos continua a dividir as opiniões médicas e científicas, incluindo em Portugal.
A generalidade dos países tem optado por não vacinar as crianças antes dos doze anos, mas, à medida que o número de infeções aumenta e sobretudo depois de ter sido detetada a variante Ómicron, tem crescido o número dos Estados que estão a alargar os planos de vacinação a esta faixa etária.
Em Portugal, a decisão de vacinar foi comunicada pela Direção-Geral da Saúde no dia 7, depois de ouvida a Comissão Técnica de Vacinação e ponderadas as questões de natureza logística com o núcleo de coordenação de apoio ao Ministério da Saúde, nomeadamente a disponibilidade de vacinas da Pfizer, na versão pediátrica.
Na segunda-feira, chegaram a Portugal cerca de 300 mil doses de vacinas pediátricas contra a doença covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, morreram, desde março de 2020, 18.687 pessoas e foram contabilizados 1.200.193 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde, foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.