Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) têm encontro marcado com o Presidente da República na quinta-feira. Em causa está a demissão da administração do banco público.

A informação sobre a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa está a ser avançada esta terça-feira pelo semanário “Expresso”, segundo o qual o objectivo do encontro é perceber quais irão ser as orientações estratégicas no âmbito da recapitalização do banco público, remunerações dos trabalhadores e as rescisões noticiadas de 2.500 funcionários.

Na segunda-feira, soube-se que a Caixa vai cortar 2.500 trabalhadores entre 2017 e 2020, através de reformas e saídas por acordo mútuo. A indicação foi transmitida pelo Governo ao sindicato que representa os trabalhadores do banco público.

No mesmo dia, a comissão de trabalhadores recebeu, por correio electrónico, uma carta de despedida dos presidentes José de Matos e Álvaro Nascimento. A carta de rescisão da administração foi enviada ao ministro das Finanças a 21 de Junho, com efeitos a partir de 30 de Julho, mas o “Expresso” avança que a saída poderá acontecer em meados do mês.

À agência Lusa, fonte do gabinete de Mário Centeno afirma que os administradores "ficam em funções até serem substituídos” e garante que “não vai haver nenhuma ausência de administração na CGD".

A notícia da demissão foi conhecida esta terça-feira, o dia em que toma posse a comissão parlamentar de inquérito imposta potestativamente por PSD e CDS-PP.