A Companhia de Ballet de Kiev vem a Lisboa para "duas atuações únicas e cheias de simbolismo" do bailado "O Lago dos Cisnes", nos dias 14 e 15 de janeiro, como antítese à desarmonia da guerra vivida na Ucrânia.
De acordo com os promotores do espetáculo, os bailarinos do Ballet de Kiev vão apresentar, no Teatro Tivoli, uma "versão incrível" de "O Lago dos Cisnes", num ano "marcado pela tragédia, especialmente para os artistas que se preparavam para subir ao palco de um teatro, agora destruído pela guerra".
Com direção artística, Ana Sophia Scheller, considerada uma das melhores bailarinas do mundo, este espetáculo de dança clássica junta os membros da companhia de Ballet de Kiev, que apresentam a poesia e elegância do movimento clássico, como antítese à desarmonia do contexto bélico.
"O Lago dos Cisnes" é um dos bailados mais famosos do mundo e conta a história de um amor impossível entre o príncipe Sigfrido e Odette, uma jovem mulher transformada em cisne pelo feiticeiro Von Rothbart.
"Esta obra-prima realça um tema bem pertinente, a dualidade entre o bem e o mal, representada pela pureza do cisne branco (Odette) e pela duplicidade de Odile, cisne negro e filha do feiticeiro", destacam os produtores, em comunicado.
Os bailarinos do Ballet de Kiev "distinguem-se pelo cuidado e delicadeza das tradições e por manterem a essência do ballet clássico, encenando assim esta história de amor impossível através de movimentos muito técnicos e virtuosos", acrescentam.
"Lago dos Cisnes", uma das peças mais marcantes do ballet clássico, tem coreografia de Marius Petipa e música de Piotr Tchaikovsky.
A dança tem sido o refúgio destes bailarinos, que se preparavam para subir ao palco de um teatro agora destruído pela guerra.
Agora, vão estar em estreia absoluta em Lisboa, onde vão mostrar, através da dança, o que é também a superação e o espírito de resiliência.
O Ballet de Kiev nasceu em 2017, de um sonho do bailarino solista do Teatro da Ópera de Kiev, Victor Ishchuk, tendo as primeiras atuações conquistado os teatros mais importantes do mundo, somando desde então mais de 500 atuações em países como Suíça, China, Ucrânia e México.