O movimento dos "coletes amarelos" mobilizou mais de 244 mil pessoas, em manifestações de protesto por toda a França, contra o aumento do preço dos combustíveis, disse o ministro francês do Interior, Christophe Castaner.
No balanço da jornada, Christophe Castaner recordou a morte de uma manifestante, por atropelamento, hoje de manhã, numa barricada montada na região de Sabóia.
Os números atualizados dão conta de 106 feridos, cinco deles em estado grave.
Ao longo da jornada de protesto, foram identificadas 52 pessoas, pelas autoridades, que fizeram 38 detenções, disse o ministro francês.
Números anteriores divulgados pelas autoridades davam conta de 47 feridos, entre as 50 mil pessoas, inicialmente mobilizadas, em perto de duas mil manifestações, por todo o país.
Cerca de 70 estações de serviço, de um total de 3.500, foram afetadas pelas manifestações, segundo números recolhidos pela agência France Presse.
Os "coletes amarelos" são um movimento cívico à margem de partidos e sindicatos criado espontaneamente nas redes sociais, em França, e alimentado pelo descontentamento da classe média-baixa.
O protesto deste sábado colocou em alerta as forças de segurança e, segundo o canal "BFMTV", com três mil agentes prontos para atuar em todo o país.
O movimento, que alargou os protestos contra a carga fiscal em geral, é um novo obstáculo para o Governo de Emmanuel Macron, que decidiu aumentar os impostos dos combustíveis para promover a transição energética.
O Governo decretou um aumento dos impostos dos combustíveis de 7,6 cêntimos por litro para o 'diesel' e de 3,9 cêntimos para a gasolina e, a partir de janeiro, serão aplicadas taxas adicionais a estes produtos de seis e de três cêntimos, respetivamente.