O Supremo Tribunal de França rejeitou, esta quarta-feira, os recursos apresentados pelo antigo Presidente Nicolas Sarkozy, confirmando assim a condenação por corrupção e tráfico de influências.
O tribunal indeferiu o recurso do antigo presidente no chamado caso "Bismuth", na qual lhe tinha sido aplicada uma pena de três anos, dois de pena suspensa e o terceiro com pulseira eletrónica. Sarkozy tinha recorrido da condenação, mas, ao ver o seu recurso rejeitado, será o primeiro antigo chefe de estado francês a ser condenado a uma pena efetiva - um ano de prisão com recurso a pulseira eletrónica.
Jacques Chirac era o único outro presidente da história francesa moderna a ser condenado por um tribunal, contudo, foi condenado a dois anos de prisão com pena suspensa, depois de ser considerado culpado de "desvio de fundos públicos" e "abuso de confiança".
De acordo com a imprensa francesa, Sarkozy deverá apresentar-se perante um juiz que determinará os termos e condições da pulseira, que será colocada posteriormente.
"Nicolas Sarkozy irá obviamente cumprir a sanção pronunciada, que agora é definitiva", confirmou o seu advogado, Patrice Spinosi, em declarações à AFP, admitindo levar o caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. O advogado acrescenta que Sarkozy continuará a utilizar todos os meios legais à sua disposição para provar a sua inocência.
O antigo Presidente francês tinha sido considerado culpado por um tribunal de primeira instância de tentar subornar um juiz e de tráfico de influências em troca de informações confidenciais sobre uma investigação às finanças da sua campanha de 2007.
O tribunal considerou que Sarkozy tentou subornar o juiz com um emprego no Mónaco em troca de informações privilegiadas sobre uma outra investigação a alegações de que Sarkozy teria aceitado pagamentos ilegais da herdeira da L'Oreal, Liliane Bettencourt.
[Em atualização]