O Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, detém uma sociedade imobiliária com um sócio condenado por fraude fiscal.
De acordo com a CNN Portugal, o fundador da empresa de que João Gomes Cravinho é sócio esteve envolvido no maior negócio imobiliário feito em Portugal nos últimos anos, que lesou o Fundo de Resolução do Novo Banco em 260 milhões de euros.
Mas os problemas desta sociedade imobiliária não se ficam por ações do seu fundador, Silva Barão. Em maio de 2015, a gerência passou de António da Silva Barão para Marcos de Almeida Lagoa, também condenado por fraude fiscal, que se mantém, até à data, sócio de João Gomes Cravinho, com metade da quota do atual ministro dos Negócios Estrangeiros.
Marcos Lagoa foi um dos 11 arguidos no processo dos CTT e foi julgado por vários crimes económicos que terão causado 13,5 milhões de euros de prejuízo aos Correios. Em causa estará um negócio de venda de dois imóveis dos CTT. Um edifício dos Correios em Coimbra terá sido vendido por cerca de 15 milhões de euros e, no mesmo dia, terá voltado a ser vendido pela mesma empresa, por 20 milhões.
O governante alega não ter conhecimento dos problemas judiciais dos restantes sócios da empresa imobiliária.
Segundo a estação televisiva, João Gomes Cravinho é, desde novembro de 2015, detentor de uma quota de mil euros da Eurolocarno – Sociedade Imobiliária Lda, com sede em Lisboa, tendo declarado isso mesmo quer ao Parlamento quer ao Tribunal Constitucional.
O ministro dos Negócios Estrangeiros é, atualmente, um dos sócios maioritários desta sociedade, com uma quota de mil euros, mas divide a sociedade com mais sete sócios.