“Tudo dentro da normalidade” e a “situação está controlada”. Três dias depois de o ministro das Finanças, Mário Centeno, ter informado, em carta a Bruxelas, que se o Novo Banco não for vendido até Agosto de 2017 será liquidado, não há registo no banco de transição de nenhuma movimentação anormal de clientes a querer fechar contas ou a levantar somas elevadas de dinheiro.
“Não houve nenhum movimento relevante com os clientes. Não tive reporte de nenhum impacto [dessa notícia]”, disse à Renascença uma fonte do banco.
Uma segunda fonte confirma a mesma ideia. “Os contactos que fiz com a tesouraria do banco não revelam nada de anormal. A situação está controlada”, garante.
No Novo Banco há a opinião de que a instituição está no meio de uma “guerra política” entre PS e PSD e lamenta-se que não se tenha em atenção o perigo das afirmações para a credibilidade do banco.
Na quinta-feira, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou o Governo de criar "falsos inimigos", de "destruir valor" na banca portuguesa e de um comportamento "quase criminoso" no Novo Banco.
No dia anterior, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o PSD não tem credibilidade para falar em estabilidade da banca em Portugal, acusando o anterior executivo de ter escondido os casos do Banco Espírito Santo (BES) e do Banif.