A reunião desta sexta-feira do Conselho de Estado, que durou cerca de quatro horas e meia, dedicada à análise da situação económica, social e política do país, terminou sem a divulgação de conclusões.
No comunicado da Presidência da República distribuído aos jornalistas no fim da reunião, com um parágrafo, lê-se apenas que "o Conselho de Estado, reunido sob a presidência de sua excelência o Presidente da República, hoje, dia 21 de julho de 2023, no Palácio de Belém, em Lisboa, teve como tema central a "análise da situação política, económica e social"".
No fim da reunião, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, passou pela Sala das Bicas, onde se encontravam alguns elementos da comunicação social, mas não quis prestar declarações.
Nesta reunião do órgão político de consulta presidencial participaram todos os conselheiros de Estado menos o histórico socialista Manuel Alegre. António Damásio, que reside nos Estados Unidos da América, juntou-se à reunião por videoconferência.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu falar publicamente das conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Tutela Política da Gestão da TAP, depois de ler o relatório final e após a reunião do Conselho de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa anunciou em finais de maio que iria reunir o Conselho de Estado em julho para "um ponto da situação" do país, para ouvir os conselheiros "sobre a evolução económica, a evolução social, e também a análise que fazem das instituições, do seu funcionamento".
Na altura, assinalou que há conselheiros que "intervêm muito" publicamente, enquanto outros "intervêm pouco", e que a vantagem de os reunir formalmente é que "todos se ouvem a todos e há uma interação que é muito mais rica".
Este anúncio aconteceu depois de o chefe de Estado ter manifestado publicamente uma "divergência de fundo" em relação à manutenção de João Galamba como ministro, na sequência dos incidentes de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas.