A Espanha é o único país da história do campeonato da europa a vencer duas competições consecutivas (2008 e 2012). Com uma geração de jogadores fantástica, os espanhóis pelo meio, em 2010, foram também campeões do mundo. Casillas, Sérgio Ramos, Iniesta, Xavi, Fàbregas, Xavi Alonso, David Silva e Fernando Torres alinharam nas duas finais dos europeus conquistados.
Vicente Del Bosque conduziu a equipa aos sucessos de 2010 e 2012. Antes, em 2008, tinha sido Luis Aragonés a guiar os espanhóis. O tiki-taka, um estilo que Guardiola implementou no Barcelona, privilegiando a posse e o passe curto, alavancou a Espanha para a fase mais apoteótica do seu futebol, ao nível de seleções.
Em campeonatos da Europa, o testemunho dos espanhóis passou para as mãos dos vizinhos portugueses, em 2016, em Paris… Portugal não foi campeão pela transcendência do futebol praticado. Mas teve a alma e a crença de que os vencedores precisam. E um timoneiro que, reconheça-se, terá sido o mais confiante de todos os portugueses, mesmo quando os resultados da primeira fase pareciam encaminhar a equipa das quinas para o fado de todas as anteriores competições.
Fernando Santos tem a experiência de saber como se ganha. E muitos dos jogadores desta seleção também. Mesmo após a derrota frente à Alemanha, na pior exibição da regência do atual selecionador, a equipa mostrou dimensão técnica, tática e mental diante da França, carimbando sem depender de terceiros, a qualificação.
Ultrapassar a Bélgica representará confirmar que o jogo com a Alemanha foi um acidente de percurso e que a candidatura à reconquista do torneio continua de pé. Só falta saber se Sevilha irá infundir um “olé português” neste Euro2020.