Veja também:
- Nível de segurança elevado em França após ataque em Nice
- Atentado na catedral de Nice. Papa "está próximo da comunidade católica de luto"
- Cresce a tensão entre França e o mundo islâmico, com a Turquia à cabeça
As autoridades judiciárias francesas colocaram sob custódia um terceiro homem, parente do suspeito detido na noite de sexta-feira, nas investigações relacionadas com o atentado na basílica de Nossa Senhora, em Nice (sul de França).
Fonte judiciária citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP) adianta que o homem, de 33 anos, esteve presente durante a busca policial efetuada na sexta-feira à noite à casa do segundo suspeito.
“Estamos a tentar esclarecer o seu papel nisto tudo”, referiu a fonte.
Na sexta-feira, as autoridades judiciárias francesas detiveram um segundo homem suspeito de ter estado em contacto com o autor do ataque que matou três pessoas em Nice.
O homem de 35 anos é suspeito de ter estado em contacto com o autor do ataque no dia anterior ao crime, tal como o primeiro suspeito, de 47 anos, que se encontra sob custódia policial desde a noite de quinta-feira.
Três pessoas morreram, uma delas degolada, no interior da basílica de Nossa Senhora (Notre Dame) de Nice, num ataque perpetrado na quinta-feira por um homem armado com uma arma branca.
O autor do ataque é um tunisino de 21 anos que chegou a França no dia 9 de outubro, vindo da Itália.
O agressor, que foi rapidamente detido pela polícia, foi ferido a tiro com gravidade e transportado para o hospital.
Segundo fonte próxima do inquérito, o atacante gritou “Allah Akbar” ("Deus é grande") durante o ataque, que ocorreu duas semanas depois da decapitação de um professor na região parisiense, assassinado depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.
Numa homenagem ao professor, Samuel Paty, o Presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou o compromisso de França com a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas.
As declarações do chefe de Estado francês suscitaram contestação em vários países muçulmanos, incluindo manifestações e boicotes aos produtos franceses.