A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) diz que milhares de pessoas invadiram os seus armazéns em Gaza para levar alimentos e outros artigos essenciais, divulgou este domingo a agência de notícias Associated Press (AP).
Thomas White, diretor da agência da ONU em Gaza, disse esta manhã que a invasão de Israel foi "um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a colapsar", após três semanas de guerra entre o Estado hebraico e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A UNRWA fornece serviços básicos a centenas de milhares de pessoas em Gaza, enclave palestiniano sob controlo do Hamas desde 2007, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
As escolas espalhadas pelo território que a UNRWA gere foram transformadas em abrigos que estão lotados com palestinianos deslocados pelo conflito iniciado a 7 de outubro.
Na sequência dos ataques do Hamas a Israel nesse dia, que resultaram em 1.400 mortos, cerca de 5 mil feridos e 229 reféns, os intensos bombardeamentos da retaliação israelita sobre Gaza fizeram, desde então, pelo menos 7.703 mortos e cerca de 19 mil feridos no enclave palestiniano.
A meio da manhã em Lisboa, a UNRWA elevou para 59 o número dos seus fucionários mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra.
"Lamento confirmar que, até à data, 59 colegas da UNRWA - membros das nossas equipas em Gaza - morreram desde o início da guerra, a 07 de outubro", disse à EFE uma fonte da agência da ONU.
O último balanço, feito na sexta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), dava conta de 38 funcionários da UNRWA mortos, na sua maioria professores e educadores.
A UNRWA é responsável por 183 escolas em Gaza que no ano letivo passado acolheram 300.000 alunos e, durante esta guerra, muitos destes centros tornaram-se abrigos para a população, que se encontram atualmente lotados com palestinianos.
[atualizado às 10h35]