Os bancários reformados vão receber a meia pensão, até junho, para atenuar os efeitos do aumento da taxa de inflação, foi hoje anunciado pelos sindicatos.
Estão envolvidos cerca de 30 bancos e cerca de 50 mil reformas. As meias pensões a receber podem chegar a 35 milhões de euros.
"Os bancários reformados vão receber a meia pensão destinada a mitigar os efeitos da inflação, graças a uma proposta do MAIS, SBC e SBN de que resultou um acordo tripartido com as instituições de crédito e o Governo, que será assinado dentro de dias", referem os representantes dos trabalhadores, em comunicado enviado à Renascença.
O “Memorando para o Estabelecimento de um Complemento Excecional a Pensionistas do Setor Bancário”, um acordo tripartido entre o Governo, os bancos e a UGT e os seus Sindicatos dos Bancários – MAIS, SBC e SBN – será celebrado nos próximos dias.
"O Memorando prevê os procedimentos necessários para efetuar o pagamento da meia pensão. Após a sua assinatura pelas partes, MAIS, SBC e SBN imediatamente informarão todos os sócios reformados", adianta o comunicado.
A notícia surge cerca de três meses depois de o Governo ter anunciado o pagamento de meia pensão a reformados e pensionistas, deixando de fora os bancários.
António Fonseca, presidente do Mais Sindicato, diz à Renascença que fica corrigida uma injustiça. O dinheiro será adiantado pelos bancos e pago durante o primeiro semestre.
“Grosso modo, os bancos adiantarão o dinheiro e, depois, o Governo há de compensar de alguma forma os bancos desse valor. Os bancos quiseram fazer parte da solução, ajudando a ser veículo de pagamento dessa meia pensão. O Governo há de explicar como será a compensação [aos bancos]. O pagamento terá que ocorrer no primeiro semestre de 2023”, afirma António Fonseca.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou esta quarta-feira que a taxa de inflação média de 2022 fixou-se nos 7,8%.
[notícia atualizada às 18h03]