​NATO quer corredores humanitários e recusa “guerra aberta com a Rússia”
11-03-2022 - 13:51
 • Lusa

Secretário-geral da NATO apelou ao Presidente russo, Vladimir Putin, que "ponha termo a esta guerra insensata" e se empenhe numa "solução política".

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A NATO não pretende "uma guerra aberta com a Rússia", declarou esta sexta-feira o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, à margem de um encontro diplomático que decorre em Antália, no sul da Turquia.

"Temos a responsabilidade de impedir que este conflito [entre a Rússia e a Ucrânia] se intensifique para além das fronteiras da Ucrânia e se torne numa guerra aberta entre a Rússia e a NATO", disse em declarações à agência noticiosa AFP, no decurso do Fórum diplomático organizado pela presidência turca.

Stoltenberg justificou desta forma a recusa da Aliança Atlântica em impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger a população dos bombardeamentos russos.

Semelhante medida "significaria estar preparado para abater aviões russos", assinalou, sublinhando que isso, "certamente, conduziria a uma guerra aberta".

Stoltenberg deverá encontrar-se com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um dia após as primeiras conversações diretas, desde o início da guerra, entre os ministros russo e ucraniano dos Negócios Estrangeiros e que decorreu na estação balnear do Mediterrâneo.

O chefe da NATO, a organização militar ocidental que inclui a Turquia, apelou ainda ao Presidente russo, Vladimir Putin, que "ponha termo a esta guerra insensata" e se empenhe numa "solução política".

"A primeira medida seria garantir corredores humanitários que permitam às pessoas saírem e procurarem alimentos e medicamentos", indicou.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.