Marcelo Rebelo de Sousa espera que o Governo apresente rapidamente uma estratégia para as pessoas em situação de sem abrigo.
“Espero seja relativamente rápido. A senhora ministra, no dia 29 de outubro, salvo erro no Parlamento, disse que ia ser rápido”, apontou o chefe de Estado, que este sábado almoçou com pessoas em condição de sem abrigo, em Lisboa.
O Presidente da República recordou que, depois da mudança de executivo, o país esteve um ano sem qualquer plano. “Estamos num buraco. Foi um ano em que a estratégia que era para ser aplicada, não foi e houve mudança de governo. Vem aí uma nova estratégia”, declarou.
A implementação de medidas é necessária, realça, perante o piorar da situação. "O último cálculo é de um aumento de 3 mil em todo o país. Estava em 10 mil e em 2022 passou para 13 mil e tal. A grande maioria em Lisboa e no Porto".
O Presidente lançou ainda algumas interrogações sobre o modelo de intervenção a adotar pelas entidades públicas. “Saber se o Estado mete muito a cabeça ou não. Quanto é que vai financiar os municípios? Os municípios têm planos municipais de habitação, sim ou não? Como é que vão desenvolver isso?”, questionou.
Já esta semana, a ministra do trabalho solidariedade e segurança social avançou que a nova estratégia nacional para a integração das pessoas em condição de sem abrigo vai ser aprovada ainda este mês.
Nas declarações aos jornalistas, o Presidente realçou também a necessidade de se resolverem os atrasos denunciados pelas autarquias na entrega dos fundos do PRR para a habitação.