A presidente-executiva internacional da Fundação AIS, Regina Lynch, mostra-se preocupada com a onda de violência em Myanmar (antiga Birmânia).
“Tivemos conhecimento de fortes ataques em várias dioceses. Ultimamente tem-se assistido a uma escalada significativa da violência e das deslocações”, refere a responsável.
Após a recente ofensiva coordenada, conhecida como Operação 1027, que teve início no estado de Shan, os combates intensificaram-se em várias áreas, incluindo a região de Sagaing e os estados de Chin e Kayah, provocando violência e deslocações generalizadas.
A presidente executiva da fundação pontifícia recorda que “ao longo dos últimos três anos de guerra civil, a Igreja tem estado ao lado da população, que enfrentou a destruição de numerosos locais de culto e a deslocação de aldeias inteiras”.
Regina Lynch diz ainda que “esta nova espiral de violência exige que nos lembremos com nova urgência dos nossos irmãos e irmãs nesta região do mundo remota e muitas vezes esquecida”.
“Por favor, não nos esqueçamos de rezar por Myanmar”, pede a responsável, sinalizando que “entre os muitos conflitos que existem atualmente no mundo, a população de Myanmar sente-se sozinha no meio do seu sofrimento, por isso a nossa solidariedade é um farol de luz na escuridão que está a enfrentar”.
Segundo Regina Lynch, o sofrimento atingiu um ponto crítico, “levando um número cada vez mais elevado de civis a procurar refúgio nas igrejas como abrigo seguro, mas, lamentavelmente, surgiram relatos de incidentes angustiantes no interior de lugares sagrados, tendo mesmo algumas igrejas sido transformadas em zonas de conflito e instituições religiosas evacuadas à força”.
“Em diferentes locais, foram registados danos colaterais nas propriedades da Igreja, o que aumenta a gravidade da situação”, realça.