A possibilidade de Otamendi deixar o Benfica não deixa Varandas Fernandes muito preocupado, porque, na opinião do antigo vice-presidente do clube, há soluções dentro do plantel.
"Aprecio muito o Otamendi. É com pena que o veremos sair, se ele sair, mas o Benfica tem centrais que podem substituir o Otamendi. Quando o Benfica deixa sair jogadores com a classe do Otamendi fica, numa primeira fase, em prejuízo, mas não ficava especialmente preocupado com a saída do Otamendi", reforça, em entrevista à Renascença.
António Silva, Morato, Lucas Veríssimo, Tomás Araújo, que esteve cedido ao Gil Vicente, e João Victor, que esteve cedido ao Nantes, são o centrais à disposição de Roger Schmidt.
O treinador alemão confirmou que Tomás Araújo regressa ao plantel e abordou a eventual saída do capitão, destacando a influência que Otamendi tem na equipa, mas reconhecendo que o jogador tem o direito de, nesta fase da carreira, pesar todos os fatores para tomar uma decisão.
Manter Gonçalo Ramos e atacar o mercado
Varandas Fernandes ficaria mais preocupado se Gonçalo Ramos, melhor marcador da equipa, deixasse a Luz. O antigo dirigente vê no avançado um grande jogador e um símbolo do clube.
"Não gostava de vender o Gonçalo Ramos. Ele está a amadurecer e o Benfica é o lugar certo para ele. Foi criado na nossa formação, é um atleta que respira Benfica", argumenta.
Sobre o reforço do plantel, Varandas Fernandes admite a necessidade de contratação de um lateral esquerdo, após a saída de Grimaldo para o Leverkusen.
Por outro lado, "gostava de ter mais um avançado ou um médio que dê mais dinamismo ofensivo". "Mas a equipa técnica é que sabe o que fazer e nós teremos cá sempre para apoiar o Benfica", acrescenta.
O antigo vice-presidente dos encarnados lamentou, ainda, a despedida de João Mário da seleção nacional. Na sua opinião, o médio, de 30 anos, "faz falta à seleção".
"Vejo sempre com grande tristeza quando um atleta prescinde de representar a seleção nacional. Lamento profundamente, mas respeito a decisão", observa.
João Mário anunciou a retirada da seleção portuguesa, um dia depois da conquista do título de campeão nacional pelo Benfica, o 38.º da história do clube.