Mais de metade dos portugueses não vai passar o Natal em família. A variante Ómicron da Covid-19 é a principal causa, segundo um estudo da plataforma Fixando, que revela que a maioria das famílias portuguesas (81%) ainda não se sente segura a celebrar o Natal.
Ainda de acordo com este inquérito a 5.670 clientes, quase metade não vai reunir a família ou amigos durante a consoada (45%). Há ainda 8,9% que admite passar o Natal sozinho.
A travar as reuniões familiares está o aumento do número de casos de Covid-19 nas últimas semanas e o surgimento da nova variante do vírus, mais contagiosa, a Ómicron.
Apenas 15,7% dos inquiridos pretendem juntar mais de 10 pessoas durante a consoada, 39% garantem que não serão mais de cinco à mesa.
Para 31%, o Natal vai ser partilhado apenas com o agregado familiar, enquanto 10,5% optaram por cancelar as habituais celebrações familiares da época.
No outro extremo, há pais que compensam o cancelamento das habituais festas com entretenimento personalizado. A procura de Pais Natais, por exemplo, aumentou este ano.
Este estudo conclui que está a aumentar o recurso a serviços de catering e entretenimento para o Natal em casa, um serviço que era muito utilizado sobretudo pelas empresas. A empresa registou um aumento de 255% na procura por especialistas em catering ao domicílio na primeira quinzena de dezembro, face ao período homólogo, e de 240% na procura por Pais Natais.
“Apesar de ser um serviço mais procurado por empresas, temos recebido pedidos de alguns pais que querem surpreender os filhos. Como há menos festas nas escolas, as famílias acabam por querer compensar em casa”, conclui Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando.