O número de execuções em 2018 foi o mais baixo da última década, revela a Amnistia Internacional. Ainda assim, no ano passado, a pena de morte foi aplicada a 690 pessoas em 20 países. São menos 31% do que em 2017.
A maioria das execuções ocorreram na China, Irão, Arábia Saudita, Vietname e Iraque.
O diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal considera que há uma maior consciencialização da opinião pública e dos governos, o que tem contribuído para o decréscimo das execuções.
"A pena de morte não é solução, é uma forma de vingança, um crime que se comete para combater outro crime”, diz Pedro Neto.
E aponta um exemplo concreto vindo dos Estados Unidos. "O estado de Washington aboliu a pena de morte. Este é mais um passo, para os Estados Unidos, que é um país onde a pena de morte existe, e que só será abolida completamente quando todos os estados a abolirem”, explica em entrevista à Renascença.
O relatório da Amnistia Internacional destaca ainda o facto do Burkina Faso ter abolido a pena de morte.
No que respeita aos números, a Amnistia salienta a diminuição das execuções no Irão (de 507 para 253), no Iraque (de 125 para 52), no Paquistão (de 60 para 14) e na Somália (de 24 para 13).