Augusto Santos Silva considera a Jornada Mundial da Juventude uma "grande mobilização cívica". Em declarações em exclusivo à Renascença esta quinta-feira, após a cerimónia de acolhimento, o presidente da Assembleia da República diz que organizar a JMJ é "muito importante" de vários pontos de vista.
Santos Silva diz que esta "reunião dos jovens" é "uma grande mobilização cívica", e que deve ser "apoiada", salientando que é uma mobilização em favor "de valores espirituais".
O líder do Parlamento não está surpreendido pelo número de participantes na JMJ, constatando ser "natural" que a presença do Papa Francisco levasse mais pessoas a participar esta quinta-feira.
Augusto Santos Silva afirma a organização da Jornada é "muito importante" para Portugal de "todos os pontos de vista, do ponto de vista espiritual, do ponto de vista social, do ponto de vista da nossa imagem internacional e da nossa reputação".
"Também é muito importante para ver se deixamos este fado de nunca acreditarmos em nós, de vermos sempre dificuldades, quando sabemos que nós sabemos fazer as coisas", complementando que, "para aqueles que se interessam por isso", o evento é importante ainda no retorno económico "para o país e para a cidade".
O socialista declara-se tocado pelas palavras do Papa na cerimónia de acolhimento, no Parque Eduardo VII, e diz que Francisco é "um grande orador", alguém que "fala e não é preciso ter estudos de teologia para compreender o que ele diz".
"É uma pessoa que está sempre a desafiar", constatou, comparando a ideia do Santo Padre de que é preciso fazer mais perguntas à frase do escritor israelita Amos Oz, "que diz que os fanáticos usam sempre o ponto de exclamação", pelo que é preciso mesmo "colocarmos mais perguntas".