A situação de contingência em Portugal, decretada na sequência da onda de calor e do risco máximo de incêndio em Portugal, vai “provavelmente” ser prolongada, pelo menos, até ao próximo domingo, 17 de julho.
O anúncio feito esta quinta-feira pelo primeiro-ministro após uma reunião no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Decretada no passado domingo, dia 10, a situação de contingência estava prevista para vigorar até às 23h59 horas do dia 15 de julho, mas o chefe do Executivo admite um prolongamento, pelo menos, “até às 24 horas do próximo domingo”.
“Vamos prolongar o estado de contingência, provavelmente, até domingo. Vamos acompanhando a evolução das temperaturas. A situação meteorológica indica que a partir de domingo, à noite, vamos começar a ter uma temperatura menos severa.”
António Costa alerta ainda que a descida das temperaturas dos próximos dias não abranda assim tanto, já que se mantêm acima dos 30 graus: “Saímos do estado de contingência mas não podemos deixar de ter o estado de preocupação”
Sobre a falta de meios que têm sido referidas por quem está no terreno, Costa afirmou que “a resposta não é mais meios, é mais cuidado. Com mais cuidado, há menos incêndios. A generalidade dos incêndios surge próximo das localidades, ou seja, próximo de onde estão os seres humanos”, referiu.
Costa garante que os meios estão mobilizados e organizados, cabendo às autoridades que estão no terreno "alocar" os meios adequados à situação em curso.
Mas segundo o primeiro-ministro, mais do que falar de meios é preciso falar dos cuidados, “do que é preciso evitar”. E insiste nos avisos para não fazer lume ou usar máquinas. “É por isso que têm sido canceladas atividades, algumas de grande vulto.”
Para os portugueses, ficou igualmente uma palavra de agradecimento, “pela coragem” na defesa dos seus bens e no apoio que também estão a dar às autoridades.
[notícia atualizada às 9h30]