Aumentar o salário médio em Portugal é algo concretizável ou nem por isso? Na opinião de João Taborda da Gama, “o objetivo de subir os salários médios é libertar a economia de uma série de empecilhos”.
“É assim que se fazem crescer os salários médios – mais do que por decreto”, afirma o comentador.
Taborda da Gama diz que é preciso olhar para as condições em que as empresas se desenvolvem e para as diferenças entre os euros que saem da conta de uma empresa para pagar salários e os euros que entram efetivamente nos bolsos dos trabalhadores.
“Temos das maiores disparidades entre aquilo que uma empresa tem de pagar para contratar um trabalhador e aquilo que o trabalhador recebe ao fim do mês por causa das questões das contribuições”, alerta.
E tudo isto “num contexto de grande inflexibilidade laboral”, o que dificulta ainda mais a contratação, sublinha, lembrando que Portugal tem dos salários médios mais baixos da Europa.
Na opinião de Fernando Medina, há que melhorar a produtividade e a qualificação dos portugueses para que o salário médio possa aumentar.
No que toca aos efeitos da Web Summit, João Taborda da Gama realça a importância das “pessoas que dizem mal” e dos eventos que acontecem à margem da cimeira.
O autarca de Lisboa salienta, por seu lado, que, “após cada realização da Web Summit, temos a notícia da instalação de centros tecnológicos que querem vir para Portugal”.
“Uma coisa é uma empresa olhar para uma folha de papel com os dados de Portugal, mas depois é diferente quando chega e tudo se torna em realidade; ajuda imenso”, sustenta.
Fernando Medina – que começa o espaço de análise a desmentir que vá para o Ministério das Finanças – garante ainda que “a parte portuguesa tudo fará para que tudo corra bem em relação à realização de próximas Web Summits”.