Vencedora de três Óscares da Academia, a atriz norte-americana Meryl Streep soma mais um prémio. Esta quarta-feira, Espanha atribuiu-lhe o Prémio Príncipe das Astúrias para as Artes. O júri destaca o empenho da artista enquanto “ativista incansável na defesa da igualdade”.
De acordo com a ata, o júri refere que “ao longo de cinco décadas, Meryl Streep desenvolveu uma carreira brilhante, encarnando interpretações das vidas de personagens femininas ricas e complexas que convidam à reflexão e formação do espírito crítico do espectador”.
A atriz que desempenhou o papel de Margaret Thatcher em Dama de Ferro, é também destacada pela “honestidade e responsabilidade na escolha dos seus trabalhos, ao serviço das narrativas inspiradoras e exemplares”.
Protagonistas de êxitos como “Mamma Mia”, Meryl Streep tem sido também uma voz política e pessoa incomoda para a anterior governação norte-americana de Donald Trump que a acusou de ser “uma lacaia de Hillary [Clinton]”. Defensora do movimento MeToo, afirmou então que as desigualdades não aconteciam só em Hollywood, a exploração feminina é “transversal a toda a sociedade”.
Atualmente com 73 anos, Meryl Streep é uma das mulheres que mais nomeações teve para os Óscares de Hollywood. Das 21 vezes que foi nomeada, apenas em três ganhou a estatueta dourada. Agora, receberá em Oviedo o Prémio Príncipe das Astúrias para as Artes, numa cerimónia a ter lugar em outubro.
Este foi o primeiro dos oito Prémios Princesa das Astúrias a ser entregue este ano, naquela que é a sua 43.ª edição. O prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró – símbolo que representa o galardão -, um diploma, uma insígnia e 50 mil euros.
O Prémio das Artes foi concedido, em anos anteriores, a personalidades ou entidades como a artista sérvia Marina Abramovic (2021), os compositores Ennio Morricone e John Williams (2020), o encenador britânico Peter Brook (2019), o ilustrador e realizador de cinema de animação William Kentridge (2017), o cineasta Francis Ford Coppola (2015), o arquiteto Norman Foster (2009), o músico Bob Dylan (2007), o guitarrista Paco de Lucia (2004), o realizador Woody Allen (2002) e o Sistema venezuelano de orquestras infantis e juvenis (2008), entre outros.