Cabo Verde chegou a sonhar com uma caminhada até à final do Campeonato das Nações Africanas (CAN), mas acabou por cair nos quartos de final, nos penáltis, contra a África do Sul.
Bruno Romão é antigo adjunto da seleção africana e espera que seja possível dar continuade ao trabalho realizado neste CAN.
"Deve falar-se em continuidade e não numa expectativa desmesurada que pode acabar em desilusão. A maior parte das seleções africanas têm maior poder financeiro que Cabo Verde, competem noutro patamar. Mas neste CAN tudo se conjugou. Uma boa fase de grupos e boas participações. Havia possibilidades de chegar até uma final, todos sentimos isso", diz, a Bola Branca.
Cabo Verde venceu o grupo B do CAN, à frente do Egito, Gana e Moçambique. Nos oitavos de final, eliminou a Mauritânia, por 1-0, e caiu apenas frente à África do Sul, nas grandes penalidades, seleção que agora mede forças com a Nigéria por um lugar na final.
"Devem ficar muito orgulhosos, ainda que fica o amargo de boca porque poderia ter dado para chegar mais longe", conclui.
O balanço para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) é muito positivo. Para além de Cabo Verde, também Angola chegou até aos quartos.
"A cerveja no topo do bolo de Angola tem muito do dedo do treinador Pedro Gonçalves. Começou nos sub-17 e foi até à equipa principal. Foi a melhor prestação de sempre", assinala.
Angola também venceu o grupo D, à frente da Burquina Fasso, Mauritânia e Argélia. Ultrapassou a Namíbia nos "oitavos" e perdeu com a Nigéria, de José Peseiro, nos quartos de final.