Um adepto invadiu o relvado do Estádio de Lusail, durante o Portugal-Uruguai, carregando uma bandeira multicor, em apoio à comunidade LGBTQ+.
Ao 61.º minuto de jogo, o homem entrou no terreno, agitando uma bandeira com as cores do arco-íris, e uma "t-shirt" com a inscrição "Respect for iranian woman [respeito para as mulheres iranianas]" na parte de trás e "Save Ukraine [salvem a Ucrânia] na parte da frente.
Apesar de ainda ter conseguido escapar ao primeiro segurança e alcançar o meio-campo, o homem acabou por ser detido e retirado do recinto.
Como é habitual em situações semelhantes, a transmissão televisiva tentou evitar que o homem surgisse no plano, mas o adepto passou junto ao árbitro, tendo sido percetível a mensagem. De seguida, o árbitro pegou na bandeira e tirou do relvado, momento mais uma vez captado nas câmaras.
Desde que foi escolhido para organizar o Mundial de futebol, que se iniciou em 20 de novembro e decorrerá até 18 de dezembro, o Qatar tem sido alvo de várias críticas, nomeadamente no que diz respeito às suas posições em matéria de direitos humanos, das questões LGBTQ+ e de abuso sobre os trabalhadores migrantes.
Perante este contexto, algumas federações uniram-se em setembro na vontade de se expressarem com a iniciativa "One Love", defensora de igualdade, em que eram apologistas do uso simbólico de uma braçadeira com a inscrição e as cores do arco-íris, mas a FIFA avisou não ser possível.
Ao que tudo indica, o invasor de campo trata-se de Mario Ferri, jogador de futebol italiano, que já em várias ocasiões invadiu relvados com o mesmo objetivo.
Em 2010, entrou no relvado num jogo da Liga dos Campeões entre Real Madrid e AC Milan com a mensagem "Libertem a Sakineh", mulher que arriscava pena de morte no Irão. Em 2014, invadiu um jogo do Mundial 2014, no Brasil, com a mensagem "salvem as crianças das favelas".