O líder da bancada parlamentar dos sociais-democratas garante que o caso a envolver o deputado Pinto Moreira não fragiliza, nem o PSD, nem a bancada do partido.
“Não fica minimamente fragilizado, porque os casos não são comparáveis. O deputado Pinto Moreira, até ao momento, não foi acusado de nada e não foi indiciado de nada… foi apenas investigado. Portanto, não é comparável até com a própria situação do presidente da Câmara de Espinho, que, entretanto, pediu ontem renúncia ao mandato e que está constituído arguido”, justificou Joaquim Miranda Sarmento.
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, saudou a atitude do deputado que, “por uma questão de seriedade e de ética”, decidiu renunciar ao cargo de vice-presidente da bancada e de presidente da Comissão Eventual para a Revisão Constitucional, depois de ter sido alvo de buscas no âmbito da Operação Vórtex, na terça-feira.
O líder parlamentar do PSD explicou que a decisão foi articulada “a três” - entre si, o presidente do PSD e o deputado durante o dia de quinta-feira -, tendo sido decidido que Luís Montenegro aproveitaria a entrevista à SIC já previamente agendada para a tornar pública.
Joaquim Miranda Sarmento disse ainda que nos próximos dias vai indicar um nome para essa comissão.
O líder parlamentar do PSD aguarda o pedido de levantamento de imunidade parlamentar, mas que para já não se coloca a questão da renúncia do mandato.
“Vamos saber se esse pedido chega ou não, se existe ou não, em função do pedido compete primeiro ao próprio e a nós também fazer essa avaliação política”, disse, remetendo quaisquer ilações para o “conteúdo formal e substantivo” de um eventual pedido de levantamento da imunidade.
O líder parlamentar do PSD não afastou até a hipótese de Pinto Moreira voltar a assumir as funções de 'vice' na bancada "se tudo se resolver a bem" neste processo, considerando o deputado "um dos melhores", e recusou que tenha havido qualquer pressão dentro do grupo parlamentar para esta renúncia.