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O Presidente da República de França, Emmanuel Macron, anunciou esta quarta-feira o regresso do recolher obrigatório em várias cidades.
O recolher obrigatório vai ser aplicado a nove regiões francesas a partir de sábado e pode vir a durar até seis semanas.
Emmanuel Macron considerou esta quarta-feira à noite, em entrevista em direto à televisão francesa, que o recolher obrigatório é "pertinente", mas que um novo confinamento seria "desproporcional".
"O nosso objetivo é reduzir os contactos privados, ou seja, quando estamos mais à vontade. Vamos estar com pessoas que não fazem parte do nosso círculo familiar. É quando estamos mais próximos que há mais risco, portanto o recolher obrigatório é pertinente", afirmou o Presidente.
O recolher obrigatório vai ser instaurado das 21h00 às 06h00 a partir de sábado na região de île de France (região parisiense), Lille, Ruão, Saint-Etienne, Toulouse, Lyon, Grenoble, Aix-en-Provence e Montpellier.
Tal como durante o confinamento, haverá exceções a este recolher obrigatório, mas salas de cinema, restaurantes e outros locais de frequentação pública vão fechar a partir das 21:00.
As exceções vão poder ser justificadas através de declarações que vão permitir a quem trabalha ou quem tem de sair de casa à noite, para ir ao médico, por exemplo, possa fazê-lo.
Os transportes vão continuar a circular mesmo depois das 21:00 e com a aproximação de duas semanas de férias escolares, Macron assegurou que não haverá qualquer restrição às viagens entre diferentes regiões.
O desrespeito destas novas regras vai levar à aplicação de multas, como aconteceu no período de confinamento. A multa será de 135 euros e pode agravar-se até 1.500 euros.
Para as reuniões em casa e entre família, Macron aconselhou que seja mantida a "regra dos seis".
"Quando convidamos amigos, devemos tentar que não haja mais de seis pessoas à mesa", disse Emmanuel Macron.
Quanto a ajudas suplementares à economia, nomeadamente aos setores da restauração, cultura e turismo, o Presidente anunciou o restabelecimento da medida de ‘lay-off’ apoiado pelo Estado com o pagamento de 84% dos salários para os trabalhadores nesses setores de atividade e o pagamento a 100% para os empregadores.
"Vamos ter dispositivos suplementares porque de forma muito clara, eu não quero que os nossos trabalhadores independentes, as nossas pequenas e médias empresas fechem ou vão à falência devido ao recolher obrigatório", indicou o chefe de Estado.
As pessoas com rendimentos mais baixos vão receber nas próximas seis semanas 150 euros extra nas suas prestações sociais e 100 euros por criança.
A notícia surge no dia em que foram registadas perto de 23 mil infeções em França, elevando o total para perto dos 780 mil desde o início da pandemia. No país já morreram mais de 30 mil pessoas de Covid-19.
[Notícia atualizada às 20h39]