Veja também:
- D. Américo Aguiar: Temos de proporcionar aos jovens a "possibilidade de concretizar os sonhos""
- Elisa Ferreira: Emigração jovem "deve ser sempre uma opção e não uma fuga"
- “Há uma diferença entre os jovens serem ouvidos e compreendidos”
- "A desigualdade limita a capacidade de sonhar"
- Ana Jorge: Na JMJ "todos os jovens podem estar envolvidos nas boas causas"
- Sem jovens na liderança "ficamos irremediavelmente para trás", avisa Marcelo
- Universidade “tem mesmo o poder de transformar vidas”
- Ministro da Educação preocupado com "transição política". "Salvar a democracia tem a ver com formação dos jovens"
Num mundo em transição somam-se perguntas: Quais as qualificações necessárias? O que esperar da Transformação Digital? Que riscos corre a Democracia? Que futuro para o planeta? São muitas as inquietações que pairam no ar e que urge debater.
Assista aqui, entre as 09h00 e as 13h00 de hoje, à Conferência "Mundo em transição - O poder dos jovens na mudança global", no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Uma iniciativa da Renascença em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A abertura ficou a cargo de D. Américo Aguiar, presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Multimédia. A sociedade tem de proporcionar às crianças e jovens "a possibilidade de lutarem, de sonharem e de, com poesia, serem capazes de concretizar os sonhos", declarou o bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023.
Ana Jorge, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, afirmou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023) é um "momento" para os jovens se envolverem na defesa de "um mundo melhor, mais solidário e mais humano", independentemente da sua fé.
A comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, defendeu que a emigração de jovens "deve ser sempre uma opção e não uma fuga" da pobreza e da falta de oportunidades.
O primeiro painel do dia, sobre "Democracia e Ativismo", juntou Cidia Chissungo, ativista moçambicana; a lusodescendente Anna Martins, ex-presidente da associação Cap Magellan e atual chefe de gabinete do ministro francês do Comércio Externo; Margarida Balseiro Lopes, vice-presidente do PSD; e João Torres, secretário-geral adjunto do PS. “Há uma diferença entre os jovens serem ouvidos e compreendidos”, foi uma das frases fortes. Leia aqui o resumo do painel.
A fechar a primeira parte da conferência, o Presidente da República enviou uma mensagem: Sem jovens em locais de poder Portugal perde “tempo histórico” e ficará “irremediavelmente para trás”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa.
Seguiu-se uma intervenção de Maria Manuel Mota, diretora-executiva do Instituto de Medicina Molecular. A investigadora defendeu que a universidade “tem mesmo o poder de transformar vidas” e deve ser “a chave que está no centro da sociedade”. Maria Manuel Mota considera que é preciso ousar sonhar grande e obter ferramentas ao longo da vida para concretizar as metas.
"A desigualdade limita a capacidade de sonhar", foi uma das frases saídas do painel "Economia e Qualificações", que juntou Fernando Alexandre, professor da Universidade do Minho; Marius Schlageter, vice-presidente do Conselho Federal de Juventude da Alemanha; Francisco Silva, da Erasmus Student Network Portugal; e Pedro Duarte, coordenador do Conselho Estratégico Nacional do PSD. Leia aqui o resumo do debate.
A conferência terminou com uma intervenção do ministro da Educação. Preocupado com a "transição política", em tempos de populismo e desinformação, João Costa defendeu que "salvar a democracia tem a ver com formação dos jovens".
As chaves do futuro, a importância da democracia e do ativismo, as qualificações necessárias para um mundo em mudança e a sustentabilidade económica foram os temas em destaque num debate fundamental, com especialistas nacionais e internacionais, sobre o papel e a força da juventude num tempo de grandes desafios mas também de enormes esperanças.
A caminho das Jornadas Mundiais da Juventude, a Renascença e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lançaram o debate sobre o poder e o papel fundamental dos mais novos nos processos globais de mudança.
Os jovens de hoje são a primeira geração a ter crescido com tecnologia digital que lhes permitiu, desde a infância, comunicar e partilhar informações instantaneamente em todo o mundo.
Esse estado de ligação permanente e global tornou-os mais conscientes das questões globais e dos seus impactos nas suas próprias vidas. É também por isso que, atualmente, os jovens são uma força motivadora na procura de soluções inovadoras e progressistas para os desafios que enfrentamos como sociedade, onde se incluem em particular as questões relacionadas com a política, o meio ambiente, a tecnologia e a cultura.
Programa da Conferência Mundo em transição - O poder dos jovens na mudança global
- Margarida Balseiro Lopes: Vice-presidente do PSD