O total de casos da “varíola dos macacos” subiu esta segunda-feira para 37, após a Direção-Geral da Saúde confirmar mais 14 casos de infeção pelo vírus “monkeypox”, nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.
Em comunicado, a DGS indica que os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que identificou um subgrupo do vírus vindo da África Ocidental, que é considerada a menos agressiva.
“Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis e em ambulatório. Estão em curso os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos”, refere a nota da DGS.
A entidade avisa ainda quem apresente “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço” a procurar aconselhamento clínico e evitarem o contacto físico direto com outras pessoas e a partilharem “vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais”.
A Organização Mundial da Saúde prevê que os casos de varíola dos macacos, uma doença que foi detetada nos últimos dez dias em 12 países, continuem a aparecer. O foco e rota de contágio ainda não foram estabelecidos.
Na vizinha Espanha, as autoridades sanitárias da região de Madrid confirmaram mais quatro casos esta segunda-feira, elevando o total para 34. Há mais 38 casos suspeitos de varíola dos macacos, em Madrid.
A varíola dos macacos, que ocorre principalmente na África Ocidental e central, é uma infecção viral que foi registada pela primeira vez na República Democrática do Congo, nos anos 70. Os sintomas incluem febre, dores de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo. As informações atuais indicam que quem tem maior risco de contágio são aqueles que têm contacto físico próximo com alguém que está infetado e apresenta sintomas.
Até agora já foram relatados mais de 100 casos confirmados ou suspeitos, a maioria dos quais na Europa.