O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, admite diferenças salariais e diz aos polícias em protesto que “valorização salarial é para continuar e para reforçar”.
José Luís Carneiro reagiu esta terça-feira aos protestos de agentes das forças de segurança, que reivindicam melhorias nas remunerações e um suplemento idêntico ao da Polícia Judiciária.
O ministro garante que “está do lado dos polícias” e promete um reforço das valorização dos salários e remunerações.
“Temos um caminho em curso de valorização das condições salariais e das condições remuneratórias por via dos suplementos. Esse esforço de valorização salarial e de melhoria das condições remuneratórias é para continuar e para reforçar”, declarou José Luís Carneiro.
"Temos 2.069 milhões de euros para 2024, o que significa um aumento, entre 2023 e 2026, de 20% nas condições remuneratórias forças de segurança", salientou.
Nestas declarações aos jornalistas, o governante adianta que, apesar dos protestos dos polícias, a segurança não está em causa.
“A mais importante garantia que procurei verificar foi a de que em nenhuma circunstância está colocada em causa a segurança e cumprimento da missão das forças de segurança, continuando a realizar os seus deveres funcionais por todo o país.”
José Luís Carneiro sublinha que “o direito a manifestar e reivindicar melhores condições de vida é legítimo e será sempre respeitado”.
De acordo com o que a Renascença apurou, há falta de condições das viaturas em várias esquadras com carros patrulha inoperacionais nomeadamente em Lisboa, Porto, Faro e Setúbal.
José Luís Carneiro recorda que decorre um concurso público de aquisição de mais de 700 novas viaturas para a PSP e para a GNR no valor superior a 30 milhões de euros e que estão disponíveis mais de 60 milhões de euros para a modernização de viaturas.
O protesto de polícias da PSP por melhores condições salariais e de trabalho prossegue esta terça-feira, após centenas de agentes se terem concentrado na segunda-feira frente ao Parlamento e à Câmara do Porto e de comandos terem parado as viaturas.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Santos, fala num "protesto é espontâneo" e diz ter havido uma mobilização de dezenas de comandos para este protesto, que levou ainda à paragem de dezenas de viaturas em vários comandos.