O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Philip Hammond, estima que será necessária uma geração para derrotar os combatentes islâmicos e que vão continuar a surgir outras manifestações do que disse ser uma "ideologia venenosa".
"Vamos derrotar o Estado Islâmico (IE) do Iraque e Síria. Mas temos de reconhecer que o desafio de derrotar o islamismo militante é maior que o desafio no Iraque e na Síria", disse após um encontro com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, no Palácio das Necessidades.
"Continuaremos a lutar contra esta ameaça enquanto for preciso e é preciso uma geração para derrotar esta ideologia", disse Philip Hammond.
O governante britânico alerta para “uma ideologia venenosa” - que actualmente se manifesta sobretudo no Iraque e na Síria - mas que, quando for derrotada, pode surgir noutros lados. “Já estamos a assistir a isso na Líbia, com o Boko Haram, na Nigéria”, explicou.
“Continuaremos a lutar esta ameaça enquanto for preciso e vai ser uma preciso uma geração para derrotar esta ideologia”, afirmou o ministro, aproveitando para agradecer o "esforço de Portugal" no âmbito das acções da coligação internacional contra o Estado Islâmico.
Prolongar sanções à Rússia
Noutro plano, falou também sobre o conflito na Ucrânia, admitindo que a União Europeia deve considerar o prolongamento até ao final do ano das sanções impostas à Rússia caso o cessar-fogo no país seja abandonado.
O ministro britânico recordou que está em estudo uma lista de novas opções de sanções, que podem vir a ser utilizadas. "Todos desejamos a paz, mas tenho de dizer que os sinais não são bons. Putin está a apelar às forças ucranianas para que se rendam em Debaltseve, o que não está minimamente no espírito do que foi acordado na semana passada e revela as verdadeiras intenções da Rússia", afirmou Philip Hammond.
O exército ucraniano está a retirar algumas das suas tropas que se encontram cercadas em Debaltseve, após uma ofensiva dos rebeldes pró-russos naquela cidade estratégica do leste da Ucrânia.
"Apelo a todas as partes envolvidas no acordo de Minsk da semana passada para que observem o espírito dos compromissos que fizeram, que deponham as armas, que se retirem da linha de conflito e que movam a artilharia pesada do campo de batalha e que respeitem todos os compromissos que fizeram no acordo de Minsk no outono passado", sublinhou Hammond, que avisou: "Nada menos que isso irá resultar".
Até que a Rússia e os separatistas "cumpram as suas obrigações", os Estados-membros da União Europeia devem manter-se "fortes, unidos e determinados para manter as sanções impostas à Rússia".